quarta-feira, 18 de junho de 2008

Doenças

Fungos
Os fungos estão normalmente presentes no meio ambiente e na pele dos animais com uma certa abundância, mas apenas algumas espécies apresentam a capacidade, em determinadas circunstâncias, de causar doença. Os problemas de pele nos cavalos não são situações preocupantes. Na verdade, alguns acabam por se resolver sem qualquer tipo de tratamento, embora possa demorar algum tempo. Outros tornam-se bastante críticos, quer pela possibilidade de contágio ao homem, como é o caso da tinha (fungos) e da sarna (infecção por ácaros, pequenos parasitas da pele), quer pela gravidade da doença e dos seus sintomas.


Animais com que por exemplo, se coçam até no próprio arreio ou em qualquer superfície rugosa ou mesmo cortante, provocando feridas que constituem uma porta de entrada para todo o tipo de infecções. Os fungos estão normalmente presentes no meio ambiente e na pele dos animais com uma certa abundância, mas apenas algumas espécies apresentam a capacidade, em determinadas circunstâncias, de causar doença. Os fungos são agentes que facilmente se instalam quando outros factores danificam a pele, ou mesmo quando o sistema imunitário se encontra mais fraco, não sendo por vezes a causa primária da doença. Neste tipo de infecção por fungos os animais afectados apresentam várias áreas de descamação (zonas sem pêlo).



As situações de natureza alérgica são também bastante frequentes, podendo ser causadas por alimentos, pelo contacto com produtos químicos aplicados nas instalações, por medicamentos, por produtos de limpeza ou insecticidas aplicados sobre os animais, por picadas de insectos, etc.. As picadas das moscas são precisamente uma das principais causas de reacções alérgicas no cavalo. Existe uma grande variedade capaz de desencadear este tipo de reacções. São moscas extremamente pequenas, mas de picada dolorosa, activas em tempo quente e sem vento que mais actuam nas alergias dos cavalos. Também as larvas desenvolvem-se em águas estagnadas. Apenas alguns cavalos desenvolvem uma reacção de sensibilidade às suas picadas. As lesões localizam-se na cabeça, orelhas, peito, crina e base da cauda, podendo variar consoante a espécie que lhe pique. Esta situação tende a agravar-se ano após ano, devido á melhoria durante os meses de Inverno, e não tem cura desde que estejam presentes este parasitas



O seu tratamento passa, portanto, pelo controlo destes insectos através do estábulo, com o uso de insecticidas ou repelentes, de redes para mosquitos, e ainda pela administração de medicação apropriada de modo a eliminar ou reduzir o contágio. Certos animais desenvolvem reacções inflamatórias superficiais em zonas do corpo (geralmente no focinho e na extremidade dos membros). São processos de fotosensibilização, associados geralmente à ingestão de certas plantas ou a alterações do metabolismo do fígado. Como podemos constatar, situações aparentemente idênticas podem ter causas bastante distintas.



A base da cauda coçada e sem pêlo, por exemplo, é geralmente um sinal de parasitismo intestinal, mas também pode tratar-se de um caso de picada de insectos, alergia alimentar, sarna. Mesmo depois do cavalo parar de se coçar ainda temos de esperar um a dois meses até a cauda voltar a crescer. Convém não esquecer que tratar os animais pode não ser suficiente: o ambiente, as camas, o material de limpeza, os arreios, devem merecer atenção pois estão muitas vezes implicados com a importação de doenças para o animal.

Cólicas
As cólicas começam por uma dor abdominal de origem situada quase sempre no nível do tubo digestivo, este típico de cólicas são provenientes no estômago e no intestino. O cavalo tem dor de barriga, "Raspa" dá coices, olha o flanco, agita-se, deita-se, rebola-se, transpira, exterioriza o pénis (caso do macho), Fica em posição de cão sentado e apresenta os olhos vermelhos. Mesmo se na maioria dos casos, elas se resolvem rapidamente, as cólicas são em todo o caso, causas frequentes de mortalidade.
Quais os tratamentos?
As cólicas benignas são as mas frequentes. Trata-se na maioria das vezes de um sintoma doloroso causado pelo stress ou a uma sobrecarga alimentícia no nível do intestino grosso. O tratamento é clássico, consiste em por o cavalo a dieta, faze-lo caminhar para melhorar a movimentação do estômago e a sua utilização, as vezes aconselha-se o uso de anti inflamatório para aliviar. Tem que evitar que o cavalo se role. O veterinário dará ao animal, se for preciso pelo médio de uma sonda, azeite de parafina para a ajuda da , reabsorção de uma eventual compactação.Em certos casos mais raros, assim como uma deslocação do cólon que pode ir se agarrar em cima do fígado ou no caso de cólicas de origem infecciosa, se precisa de um tratamento médico mais seguido e importante.O cavalo tem então que se dirigir a unidade de cuidados intensivos de um centro especializado onde será medicado ate recuperar mas muitas vezes o animal acaba por não sobreviver.
As esponjas são tumores geralmente benignos mas conservam sempre uma malignidade imprevisível. Considera-se hoje que os cavalos de pelagens escuras têm uma maior malignidade do que os que surgem nos de pelagens claras. As zonas do corpo do cavalo mais atingidas são a face interna da cauda, o períneo, o aparelho genital externo, as glândulas parótidas, os membros, o pescoço, as orelhas, as pálpebras e mais raramente certos órgãos internos. A maior parte destes tumores são benignos inicialmente, mas sem que se saiba porquê, adquirem um grau considerável de malignidade ao longo dos anos. Nos cavalos ruços a sua presença é bastante mais favorecida por alterações do metabolismo da melanina.
Não existe nenhum tratamento miraculoso para este problema. Face a um pequeno ou pequenos tumores recomenda-se a expectativa e a não intervenção. Face a tumor de grande massa recomenda-se a pequena cirurgia mais abrangente possível, porém, as recidivas são muito frequentes.Em conclusão podemos dizer que este é um problema para a qual as novas tecnologias ainda não encontraram uma resposta segura e eficaz.

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